pensamentos do ser

É preciso reconhecermos quando uma fase chega ao fim. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver noutro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo questionando-se por que isso aconteceu. Pode dizer para si próprio que não dará mais um passo, enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos. Os seus pais, o seu marido ou sua esposa, os seus amigos, os seus filhos, os seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos,...

Já alguma vez pensou em como algumas pessoas são tão populares, vivendo rodeadas de gente? E, confesse, lá no fundo não sentiu aquela pontinha de inveja? Qual será então o segredo para se ter amigos, estar de bem com a vida, despertar o amor de alguém? A verdade é que na maioria das vezes não nos aprovamos, não nos amamos, achamo-nos desajeitados, até feios, não gostamos disto ou daquilo em nós mesmos. E se não gostamos de nós, não há nenhuma razão para que gostem de nós. Se você mesmo não quer ser seu amigo, como os outros irão querer? Se você não se ama, porque os outros amariam? As pessoas reagem connosco segundo o reflexo que damos para elas. Se for sempre sorridente, alegre, vai ter pessoas sorridentes e alegres à sua volta. Se, pelo contrário, é mal-humorado, vão olhá-lo de lado e evitar a sua companhia. É como uma bola de neve, a situação tem tendência para se tornar cada vez mais complicada. O facto é que estamos sempre a querer agradar aos outros, não a n...

Panta Rei é uma expressão do filósofo Heráclito de Éfeso , que viveu por volta de 480 a.C. e significa tudo muda (tudo flui, nada persiste). Surge da noção de que tudo é móvel, transitório, passageiro, o chamado desapego. Para ilustrar essa afirmação, Heráclito usava a metáfora do rio: Não é possível banhar-se no mesmo rio duas vezes. Afinal, as águas que correm no leito do rio nunca são as mesmas. As nossas vidas estão impregnadas de Panta Rei. Os nossos corpos mudam, as nossas ideias mudam, os nossos empregos mudam… enfim, nunca atravessamos o mesmo rio duas vezes! Um exemplo deste desapego é o trabalho extraordinário feito pelos monges budistas nas mandalas (símbolos do budismo). Artisticamente trabalhadas com sal colorido, e com todo o cuidado e a maior dedicação, são desmanchadas depois de prontas para demonstrar a brevidade das coisas da vida, mesmo que elas exijam o maior esforço. Seria ótimo se encarássemos o dia-a-dia desta forma. E sempre prontos para ...